sábado, 12 de fevereiro de 2011

As armadilhas do amor...


Cinco crenças, ideias e conceitos equivocados que atrapalham os relacionamentos.
Não ver os defeitos do ser amado, achar que "com jeitinho" tudo vai se resolver ou até mesmo imaginar que é capaz de adivinhar os desejos do outro.
Quem é que nunca caiu numa dessas armadilhas em um relacionamento amoroso?


> Armadilha 1: O amor é cego

Depois de tanto tempo procurando o idealizado príncipe encantado, reconhecer que o parceiro também é de "carne e osso" pode ser altamente frustrante, daí a cegueira.
"O amor é cego para que não vejamos no outro o que não nos interessa", tal crença estaria apoiada em certo comodismo.
"Os parceiros teimam em não enxergar algumas características negativas do outro, ou a encontrar desculpas para explicar as falhas".

Como sair dessa? Abra bem os olhos para as qualidades do parceiro, mas também para os seus defeitos.
Afinal, ao entrar em nossas vidas, o outro traz o pacote completo, com coisas boas e ruins.
Além disso, para amar é preciso se surpreender mais do que prever.

> Armadilha 2: "Com jeitinho eu mudo ele"

Caímos nessa armadilha quando acreditamos ter o poder e a capacidade de mudar o outro.
Tentado resolver as coisas com "jeitinho", driblando a realidade enquanto cria-se um roteiro ideal para a relação.
"Isso pode gerar uma onda de manipulação e controle para que tudo saia como se estabeleceu em um script.
Todavia, uma relação não tem script porque ela acontece entre dois diferentes, que constroem, dia a dia, o que o casal considera relevante e valioso para ambos".

Como sair dessa armadilha? É preciso um pouco de humildade. "Reconhecendo que o outro não é feito sob medida para agradar e que as pessoas só mudam quando a própria pessoa está incomodada com aquele comportamento".
Mas se o jeito, mania ou atitude for intolerável, melhor abrir mão da estabilidade em favor de um futuro mais feliz, quem sabe com outra pessoa compatível.

> Armadilha 3: "Adivinho seus desejos"

Armadilha muito comum quando o nível de intimidade do casal parece ser muito grande.
"Adivinhar os desejos do outro é querer antecipar-se às insatisfações vividas por ele, livrá-lo delas.
Como se o outro, sem seu próprio mal-estar, se tornasse um eterno devedor apaixonado".

Como sair dessa armadilha? Comunicar-se mais com seu parceiro ao invés de adivinhar o que ele está pensando pode ser uma boa maneira.
"É aprender a perguntar e a respeitar a resposta. "Se cada um de fato adivinhasse sempre os desejos do outro, não haveria nada a ser descoberto e a relação morreria de tédio".

> Armadilha 4: "Agora somos um só"

Sabe aquela história de encontrar "a outra metade da laranja" para, então, sermos um só?
Trata-se de mais uma crença de sucesso equivocada. "A tentativa de ser um só com o outro aparece quando fracassamos nesta empreitada com nós mesmos".
Geralmente, caímos nessa armadilha em momentos de insegurança: "Acontece quando a gente morre de medo das diferenças e tenta congelar o vínculo e o parceiro numa imobilidade incompatível com a vida".

Como sair dessa? É preciso aprender a gerenciar inquietude que o parceiro provoca.
"Se o que procuramos em uma relação é ser um só, não seremos nada". Na verdade, as relações existem para que sejamos muitos e diferenciados, bobagem é deixar de viver plenamente por medo dos ricos.

> Armadilha 5: "Eu amo o suficiente por nós dois"

Teoricamente, um casal é formado por dois indivíduos que se amam reciprocamente.
Mas nem sempre é assim, às vezes a relação está afundando e teima-se em salvá-la "amando pelos dois".
E é justamente neste momento que se cai nesta armadilha: "É quando se deixa tomar pela onipotência e pela cegueira, que leva a negar a existência do outro, com seus desejos e escolhas".
Isso não tem nada relacionado com amor: "Amar por dois significa não amar ninguém, pois quando se ama suporta-se a desigualdade de sentimentos, sejam eles quais forem".

Como sair dessa armadilha? É preciso recobrar o amor-próprio e levantar a cabeça.
Também é preciso sempre lembrar que uma relação amorosa é movida pelos desejos e interesses de duas pessoas diferentes. O amor de um pode ser ilimitado, mas não é onipotente.

A vida não é um comercial de margarina. Não querer ver os defeitos do outro é uma forma de fugir de conflitos e camuflar a realidade.


Fonte :vilamulher.

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