quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

CLITORIS: O PÊNIS FEMININO?


Atualmente, falar de orgasmo, de ejaculação ou de masturbação não é surpresa senão para as pessoas da velha geração onde a informação era um assunto reservado. Entretanto, ainda com a mudança de atitude perante o conhecimento mais profundo de nosso corpo, permanecem muitos mitos e desinformações que chegam até o presente.

A mídia, agora, enche-se de termos e explicações cientificas para os fenômenos, mas poucos detêm-se sobre os conceitos fundamentais que todo médico especialista conhece, porém ao qual poucos novatos tem acesso.


Um de estos termos, que tem sido muito exposto mas quase sem apresentações concretas é o clitóris que, mesmo falando-se muito dele, referem-se como o pênis dos homens porém mais pequeno.

Esta afirmação não está errada e inclusive existem estudos que demostram que o clitóris é ainda maior que seu irmão masculino, entretanto,
existe muito mais o que se dizer sobre esta importante parte da genitalidade feminina que, em muitos casos, é o origem do orgasmo e que, algumas culturas atrasadas, é extirpado devido à noção de que torna a mulher "indigna" para o casamento.

Como é o clitóris?

Em sua parte mais externa tem o tamanho de um dedo pequeno, em média com 2 centímetros de comprimento e de 8 a 3 milímetros de diâmetro, ereto ou não.
Segundo explica o psicólogo e sexólogo Xavier Conesa, diretor do Centro Psicológico e de Especialidades, "as ramificações nervosas encarregadas do prazer feminino, situam-se principalmente na parte mais externa do clitóris".

São cerca de 6.000 as fibras nervosas que concentram-se nele e que torna-o altamente sensível aos diferentes tipos de estimulação.

A psicóloga especialista em sexualidade humana, Iracema Teixeira, explica que este órgão situado na parte mais externa da vagina é um dos principais envolvidos na reação orgásmica.

Mesmo parecendo uma estrutura pequena, trata-se só de a ponta do iceberg já que inclui um tecido erétil muito grande, vasos sangüíneos, glândulas e nervos.

A parte visível é uma glândula, entretanto a totalidade deste órgão (em as cerca de 20 partes nas que tem sido dividido para seu estudo) chega inclusive até a uretra (conduto da urina) como um tecido muito similar ao que rodeia a uretra masculina.

Segundo a pesquisadora norte-americana Rebecca Chalker, que publicou em setembro o livro "The Clitoral Truth", diferente do pênis masculino, o clitóris, na mulher só tem a função de outorgar prazer.

Aliás, explica que todos os bebes até as 8 semanas de gestação parecem ser mulheres.
De acordo com a comunidade científica, a diferenciação produz-se porque a partir deste período a testosterona começa a desempenhar o seu papel e o feto sofre as modificações que definem seu sexo.

Erotismo

A especialista Iracema Teixera diz que, igual à anatomia masculina, a medida que mais nos afastamos do corpo, maior é a quantidade de prazer que a mulher experimenta. Por isso, o clitóris, como órgão mais externo da genitalidade feminina é uma grande fonte de prazer.

A doutora Chalker explica que para gozar da melhor maneira as possibilidades do corpo da mulher, deve-se conhecer com maior profundidade seus órgãos sexuais.

Um exercício adequado para este fim seria praticar jogos sexuais antes da penetração que permitam observar e experimentar o clitóris; as mudanças de cor e de tamanho são visíveis e o parceiro aprende a conhecer como estimular ao outro.

Por que algumas mulheres têm dificuldade em atingir o orgasmo através da penetração vaginal, atingindo-o somente com a estimulação clitoriana?


A genitalidade feminina, assim como a masculina, é mais sensível a medida que se "distancia" do nosso corpo. Isso equivale a dizer que para os homens há uma sensibilidade maior na ponta do pênis, e vai diminuindo a medida que se aproxima da raiz do mesmo, ocorrendo igualmente com as mulheres.

As ramificações nervosas encarregadas do prazer feminino, situam-se principalmente no clitóris (parte mais externa), e vão perdendo sensibilidade à medida que se aproximam do interior da vagina. Digamos que "quanto mais interno", menor a sensibilidade e "quanto mais externo", maior a sensibilidade.

A sexualidade feminina é muito mais complexa que a masculina. Evidentemente, a pergunta de um milhão de dólares é: "Por que as mulheres desejam a penetração, se com a estimulação clitorial desfrutam mais?" Aqui intervém a subjetividade de cada mulher, "necessito senti-lo dentro", responderam. A penetração, tem sobre as mulheres um componente afetivo / emocional de difícil compreensão para os homens.

Com freqüência tem se relacionado a carência de orgasmo vaginal com a imaturidade, mas cada vez mais psicólogos não concordam com esse aspecto.

Existem explicações neurológicas para a falta de sensibilidade vaginal: trata-se de um problema de sensibilidade nas ramificações nervosas.
Há ainda outras explicações psicológicas ligadas à aprendizagem do prazer, além de explicações mais profundas, mas inconscientemente ligadas à subjetividade de cada mulher.

Certamente a porcentagem de mulheres que não conseguem o prazer orgásmico através da penetração é altíssimo, sem que isto tenha que ser visto necessariamente como um problema. A sexualidade é, quem sabe, o item mais peculiar da conduta humana, onde não há normas nem pautas.

Finalmente, muitas mulheres relatam que o orgasmo via vaginal é possível na medida que ocorra por sua vez, a fricção do clitóris.

Fonte:saudemax

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